Tive a felicidade de viver minha última encarnação na Índia, uma região mística. O povo Indiano vive em constante interação com a Natureza e com o Universo, usando o cérebro até sua  máxima capacidade.

A inteligência do espírito supera a inteligência da matéria quando interagimos com a Natureza e com o Universo, nos libertando dos sentimentos menores. A inteligência do espírito é quase que ilimitada.

Em minha querida Índia foi sentida, pelo caráter pacífico de seu povo, a presença do conquistador que se aproveitou da bondade, da ingenuidade e da tolerância de um povo muito espiritualizado, impondo-lhe uma cultura totalmente oposta àquela secular, proveniente de muitas gerações.

O Indiano prefere a pobreza da matéria e  luta pela grandeza do espírito mas, isso não lhe tira a capacidade de desenvolver atitudes que beneficiem a matéria. Hoje, mais conscientes disso, estão transformando a Índia em um País progressista, dotado de alta tecnologia. Falo muito sobre a Índia porque lá vivi a minha última experiência e porque é exemplo de sociedade e de cultura. Se a humanidade fosse como os Indianos não teríamos tantas guerras e crueldades.

Meu corpo era franzino, comia muito pouco, por saber que não precisava de muito. Procurava alimentar-me com aquilo que a Natureza gratuitamente oferecia. Esse pequeno e humilde servo viu no Budismo o caminho para o autoconhecimento e auto-aperfeiçoamento.

Ao ver  meu povo ser violentado por uma nação com valores totalmente diferentes, em um de meus momentos de meditação e oração, fui orientado pelo Mestre Buda a libertar a Índia de seus opressores, através do amor e pela não violência. Ele me disse: “violência atraí violência, o amor é a força capaz de vencer qualquer obstáculo, porque o amor é  tolerância, é caridade e  justiça. O povo Indiano precisa ser caridoso e tolerante”. E com a grande força do amor e sem o uso de qualquer força física ou violência, os Indianos fizeram com que os seus opressores sentissem que a sua cultura era diferente e que, ali não era o seu lugar e foram embora com toda a sua tropa.

Venho, com minhas humildes palavras, dizer-lhes que não há força maior. Não há no Universo nada que se compare a força do amor.

O povo Indiano, quando ofendido por seu opressor que dizia: “vocês são vermes”, pensava: “ele não sabe o que diz e por amor a ele, não vou criar qualquer tipo de sentimento negativo . Assim devemos ser, quando ofendidos, magoados ou feridos, devemos guardar profundo sentimento de respeito e de tolerância por aquele que nos ofendeu, pela  sabedoria que lhe foi dada pelo Criador, ainda tomada por sentimentos pequenos. Para que, através da mudança, ele possa se tornar um Ser mais misericordioso e tolerante. É o que os Mestres e Avatares estão procurando demonstrar : a força da mudança e do amor.

Em minhas orações ao Mestre Buda, eu perguntava: Por que tanto sofrimento, por que um povo tão pacífico e bondoso precisa sofrer tanta injustiça? E o Mestre , em sua infinita sabedoria, dizia-me: “trate-os com amor e com carinho, são irmãos que estão ensinando aquilo que não deve ser feito”.

 O Mestre Buda orientou - me na missão de dirigir meu povo para caminho da vitória, o  caminho da vitória foi o caminho do amor.

Como esta mensagem será lida na Índia, digo ao meu querido povo: continuem e passem para os seus filhos esses sentimentos tão nobres, capaz de unificar pessoas e nações. Exportem essa cultura porque o amor contagia.

O amor é Universal. Nas maiores sociedades do Universo, o amor e o respeito entre os seus membros é vivido em altíssimo grau.

No final de minha existência, com o corpo velho e cansado, sentia-me muito feliz por ter livrado a minha querida Índia da opressão dos invasores, sem ter dado um único tiro.

 Essa é a mensagem deste pobre e pequeno espírito: VIDA COM AMOR.

Que o Mestre Buda proteja a todos e que os Mestres e Avatares iluminem principalmente os seus dirigentes para tornarem esse Planeta mais honesto, mais ético e mais feliz.